16 abril 2015

Van Gogh(s) a preto e branco, um arco-iris imperdível no Teatro São Luiz!

Ontem fui com a Sol ao teatro, mais precisamente à no Estúdio Mário Viegas do Teatro São Luiz. Ver o quê? Uma peça sobre os irmãos Van Gogh. A peça não esteve muitos dias em cena e só poderá ser vista até sábado (inclusive). No entanto penso que deveria haver um qualquer abaixo assinado para que seja reposta mal acabe. Merece!

Quase a preto e branco, ou pelo menos em tons muito suaves (assim são o cenário, os figurinos - do José António Tentente - e até a luz), a vida do génio (ou dos génios - já que Theo, o irmão de Vincent Van Gogh, foi o único que desde sempre percebeu a sua obra) é apresentada em 60m. 1 hora que descreve as cores da arte, as cores de Van Gogh. Uma paleta cromática que visualizamos nas palavras proferidas pelo actor e no trabalho desenvolvido através da dramaturgia e encenação de Teresa Faria.

Sérgio Praia encarna, brilhantemente, neste monólogo a pele dos 2 irmãos. Salta entre episódios da vida de um ou de outro, ligados através da arte ou da loucura e, acima de tudo, pelos laços de sangue. Uma vida triste, louca, sem reconhecimento. Uma existência apresentada num texto tão bem conseguido que não angustia, pelo contrário, dá-nos momentos de alívio e até de risos disfarçados. Um texto forte e ao mesmo tempo leve que interpreta a visão, a ambição, a (des)ventura de um dos maiores nomes da pintura mundial e do seu irmão.

São 60 minutos a olhar para um actor que sozinho que enche a sala conseguindo fazer com que nunca, por nunca, olhemos para o relógio ou tremamos a perna em sinal de tédio. Pelo contrário. É chegar ao fim e pensar "Já acabou? Tenho de ver outra vez!"

E se eu tenho de ver outra vez, não duvidem que devem ver pelo menos uma! Atenção que é só até sábado.

Será que ainda nos vemos lá?


P.S: Mais infos aqui: http://www.teatrosaoluiz.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=515


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